Há biológico e biológico. E é mesmo assim.
A única regra absolutamente obrigatória para quem quer produzir em modo biológico é fazê-lo sem recurso a quaisquer químicos de síntese. Esta é uma regra inviolável.
Depois há principios que deveriam ser indissociáveis desta regra mas que infelizmente, com a pressão cada vez maior para baixar preços, vão começando a ser deixados para trás por quem produz.
A preocupação com o ecossistema, um dos princípios base da AB obrigaria a fazer muitas culturas variadas, rotações de culturas, pousios. Ora estas práticas são cada vez mais deixadas para trás.
E porquê? pergunta. Porque não são compatíveis com produção a preços baixos.
A preocupação em melhorar os solos, criar barreiras ecológicas para servirem de casa aos animais que nos podem ajudar no combate às pragas, em manter a diversidade genética e agrícola, encarecem a produção.
E é por isto que digo que há duas Agriculturas Biológicas, a que, tal como o primeiro desenho, é feita a pensar no que vamos cá deixar e a outra a do último desenho, que pensa a produção biológica como uma produção convencional sem químicos.
E é precisamente esta diferença que faz toda a diferença.
E é precisamente esta diferença que faz a diferença entre comprar barato a pensar no agora ou pagar o preço justo a pensar no que vamos deixar para o futuro.
Cabe-nos a nós escolher de que lado queremos estar.
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