Apesar de viver no campo, "num paraíso", como inevitavelmente me diz toda a gente que vem visitar a Quinta, o meu dia a dia é a gerir uma empresa.
Empresa é empresa, independentemente da atividade, os probleminhas diários, os maiores, as decisões complicadas, a gestão dos recursos, tudo isso é igual em todo o lado. Onde chega o dinheiro, chega o stress... como todos bem sabemos.
Andava há muito tempo com vontade de sair deste emaranhado de vida e parar por uns dias.
Sabem quando sentimos que tem mesmo que ser?
Pois foi o que me aconteceu há duas semanas atrás. Rumei a norte com uma amiga, para um retiro de detox.
Fomos parar a um paraíso real. No meio do Gerês, no meio da serra, um local mágico, longe do mundo, onde conseguimos ficar perto de nós.
Que falta que faz parar para pensar no meio desta loucura diária. Que engraçado é perceber que o afastamento nos trás lucidez, nos ajuda a definir prioridades e ganhar coragem para tomar decisões.
A juntar ao isolamento tivemos quatro dias de jejum. Quatro dias com 3 sumos por dia e nada mais. E foi tão bom, e foi suficiente. Sem estímulos exteriores nem interiores foi tão mais fácil olhar de fora e perceber o que preciso mudar.
Adorei e quero muito voltar.
O retiro acabou mas trouxe um compromisso, não deixar cair as decisões que tomei.
Se nunca fez um "detox civilizacional" aconselho vivamente. O meu foi o segundo, foi por pouco tempo, mas teve resultados estrondosos.
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