E as couves de Bruxelas que não crescem...
Era agora, couvinhas!!! era agora que precisávamos que estivessem lindas e prontas a colher!!
Mas não... lá vão na vossa calma, a crescer, sem querer saber.
E nós a chegarmos ao Natal e ao fim de mais um ano.
Ao fim de mais um ano, que parece que todos querem que acabe ... engraçados estes simbolismos a que nos apegamos como verdades incontestáveis.
É que tudo vai mudar em 2021. E só porque o que aí vem é sempre melhor do que o que já foi.
... se pararmos para pensar ... (ou é melhor não pararmos, para não atrasarmos o que aí vem ...:-))
Queremos que chegue depressa o próximo fim de semana porque vai ser muito melhor do que o último, o próximo mês porque vai ser muito melhor do que o mês presente, o próximoVerão porque vai ser muito melhor do que o anterior, o próximo ano porque vai ser muito melhor do que este...
Queremos que chegue depressa o dia em que acabamos de estudar porque a vida só vai começar a partir daí, o dia do primeiro emprego porque vamos ser muito mais realizados a trabalhar, o dia em que nos reformamos porque vamos ser muito mais felizes sem trabalho.
e por aí fora.
A insatisfação é própria do ser humano, dizem. E realmente sem insatisfação o mundo não pula nem avança.
Só que .... querermos o futuro depressa (e eu sou das que quer maratonas de futuro) causa ansiedade, stress, e não nos deixa viver o presente.
Será que se nos tornássemos couves de Bruxelas éramos mais felizes?
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