É engraçado como uma área de negócio que começou para reduzir o desperdício se está a transformar num caso sério.
A nossa Cozinha de Produção que foi montada a pensar nas "toneladas" de tomate que saiam da horta em Agosto, quando os clientes estavam de férias, tem cada vez mais trabalho.
Dentro desta cozinha física há duas cozinhas (como modos de cozinhar) diferentes: a que transforma em modo cigarra tudo o que a horta nos dá nas várias épocas do ano e a que se foi formando ao sabor dos pedidos dos nossos clientes e que não para de produzir sopas, pies, sumos ...
Nesta cozinha trabalha uma super equipa, tão ligadas ao turbo que há quem não aguente.
São elas a Piedade, a responsável, a Carmo e a Svetlana.
É desta cozinha que saem todos os produtos para os CABAZES DE NATAL ao mesmo tempo que saem as sopas, os sumos, as pies... e está na hora de voltarem as Broas da Tia Teresa, (aquelas broas irresistíveis) e como é possível (mas é verdade) estarmos fartos de tomate e a rezar para que acabe e dê espaço às meninas da cozinha para fazerem a marmelada que é agora, enquanto há marmelos, ou nunca. E as bolachas, meu Deus, as bolachas tão desejadas, e que são feitas literalmente á mão, com rolinho da massa daqueles que temos em casa e que não dá para fazer de outro modo, porque são feitas com azeite e não manteiga e com azeite não as conseguimos tender numa máquina, mas sim, queremos continuar a fazer assim umas mais finas outras mais grossas, nenhumas mais perfeitas do que as outras. E as sopas que são maravilhosas e que só são maravilhosas porque são cozinhadas em tacho de tamanho humano e não gigantes marmitas que aceleram os processos mas roubam a alma.
A "gente" aqui quer continuar assim, teimosos e teimosas a fazer como achamos que deve ser. Tudo com processos caseiros e caseiros de casa e não caseiros de nome. E artesanal de artesão, não artesanal de apelido. E com ingredientes de qualidade, qualidade à seria. E tudo biológico porque o planeta merece uma limpeza geral.
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