Quando o caos se instala

 


Há quem diga que não se deve falar dos problemas do dia a dia das empresas, nós não concordamos, até porque a ideia de que trabalhar numa Quinta no meio do campo é muito romantizada, mas a realidade é que apesar da localização (que é sem dúvida privilegiada) também temos stress e dias de caos.  Ontem foi um deles. 

Felizmente estes dias são poucos, mas lá que os há, há, e sabemos bem como isto complica a vida dos clientes (como também complica a nossa) e como lhes desagrada. 

Um desses dias foi ontem. Acho importante contar-vos, porque quem não sabe é como quem não vê e acredito que nem vos passa pela cabeça o que por vezes acontece por aqui.  

Como pode de repente complicar-se tudo e tanto, ao ponto de ficarmos a olhar uns para os outros a pensar - e agora? sem vislumbrarmos solução. 

(Deixo de fora da história o Duarte Belo, o nosso parceiro incrível e exclusivo que distribui em Sintra e Margem Sul que, sempre organizado, lá foi à sua vida)

 Deveriam sair 3 carros, às 10:30 só havia um motorista. Assim de uma assentada era preciso resolver o problema. Felizmente acabámos de comprar uma carrinha maior o que permitiu juntar duas rotas num carro. Felizmente temos uma equipa espetacular e pessoas que estão sempre prontas a ajudar. Felizmente o Pedro, responsável pela distribuição assumiu o seu posto. Em minutos tínhamos que "recrutar" duas pessoas. Veio o Hugo do campo, o Gurmeet da padaria e lá se compôs a coisa... mais ou menos ... porque havia 180 cabazes para entregar. A saída que já estava atrasada, com tudo isto mais atrasada ficou. Acabaram a sair às 12:00. Com tantos cabazes e com duas pessoas que foram ajudar com tão boa vontade como com tão pouco conhecimento das rotas e moradas o resultado não podia ser excelente. 

Estiveram a fazer entregas até às 20h. Deste lado esperava, a Mariana do Marketing, que lhe comunicassem quais os clientes aos quais não conseguiriam entregar, porque não foi possível entregar a todos. 

Um stress, acreditem. Ficamos muito tristes quando não conseguimos fazer o nosso dever, mesmo sabendo que fizemos tudo o que estava ao nosso alcance. 

Porque não evitamos isto fazendo a distribuição em outsourcing? Insistimos em que seja feita por nós porque gostamos de ser nós a bater à porta. Gostamos que conheçam pelo menos uma das nossas caras. Gostamos de ter a certeza de que a entrega foi bem feita. Achamos que a entrega cria uma relação mais próxima. Agradecemos a confiança que os clientes depositam em nós e que nos permite fazer entregas a qualquer hora do dia. 
Para além de todas estas razões, nem queremos imaginar que se não fossemos nós a fazer a entrega não haveria hipótese de recebermos de volta caixas, garrafas e frascos.
Pensar que tudo o que nos é devolvido não teria hipótese de renascer para uma segunda vida... já seria razão suficiente. 




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