Outra vez sobre os emigrantes.

 


Tenho que voltar ao tema dos emigrantes e do trabalho que prestam e dos "problemas" que nos trazem, e das pessoas que são contra e a favor, e do que andam a fazer a "vadiar" pelas ruas, e de serem cada vez mais. 

A agricultura na Europa não sobrevivia sem eles, logo, sem eles não comíamos. 

Primeiro: há muita gente a ganhar fortunas com este "comércio" de mão de obra. 

Segundo: há muita gente para quem qualquer coisa (em principio) é melhor do que ficar na sua terra Natal. 

Terceiro: há uma necessidade premente de mão de obra.


Desenvolvimento: 

Primeiro: 
cada pessoa, maioritariamente homens, que vem para a Europa, teve que contrair milhares de euros de divida para cá chegar. Mais tarde ou mais cedo, pior ou melhor, vão ter que pagar. 
Mesmo que a vontade de voltar para casa seja gigante, que fiquem a deambular pelas ruas sem trabalho e que até tenham dinheiro para comprar o bilhete de ida, voltar para casa nunca é a solução. Nunca conseguiriam saldar a divida contraída a trabalhar no país de origem e o pagamento é sagrado. 
Estamos a falar de valores entre 10.000€ e 14.000€
Na maior parte dos casos quando chegam a Portugal já estão inscritos na segurança social e têm NIF, recebem o seu ordenado, fazem descontos, resumindo, está tudo ok. 
Um pequeno "pormenor" normalmente pagam 200€ por uma cama. 

Segundo: 
Como é óbvio a maioria dos países de onde chegam tem problemas gigantes. Seja de pobreza extrema, seja de enorme violência, de catástrofes climáticas, em comum têm o facto de não haver nada de bom à vista. 
É em muitos destes países que se produz a maior parte dos bens que compramos a preços escandalosamente baixos. Preços escandalosamente baixos é sinónimo de salários miseráveis. 
Como alguém já disse "não há almoços grátis". Ao promovermos esta economia estamos a sujeitar milhões á miséria, e da miséria não há quem não queira fugir. 

Terceiro 
"Não há pessoas para trabalhar". Esta é a frase mais ouvida entre empresários. Se não há em termos gerais,  pior em trabalhos menos qualificados. A generalização da formação superior teve como consequência perder muita mão de obra no campo e trabalhos afins. De qualquer modo acaba por ser uma espécie de mistério "não haver pessoas" no geral. Onde andam elas?? 
Depois há um enorme problema de falta de sustentabilidade de imensos projetos agrícolas, produções intensivas de uma monocultura que exige colheita num curto espaço de tempo e em áreas a perder de vista são a equação perfeita para que tudo corra mal.Obrigam a contratar muita gente por períodos de tempo curtos. Fazer entrar grupos de trabalhadores no país não parece difícil, já que vêm aos magotes. Quando acabam as campanhas onde ficam? como é obvio a deambular pelas ruas. 

Conclusões: 
as minhas, claro. 
Sem emigrantes a agricultura, muita da indústria, 


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