No Mês do Granel há dois nomes que me vêm imediatamente à cabeça. Maria Granel e Eunice Maia.
A Maria Granel, porque é uma loja pioneira na venda a granel. Mas a Maria Granel é o que é porque tem a Eunice lá dentro.
Se não conhece a Eunice vale a pena ir saber um pouco mais sobre ela. É uma comerciante ativista se é que isto é possível. A Eunice põe à frente da sua rentabilidade aquilo em que acredita. A Eunice é doce, suave, paciente, solidária, preocupada, lutadora, atenta.
A Eunice é o nosso Granel em pessoa. Em dose certa, sem embrulhos desnecessários.
E se já lhe está a pairar no pensamento que o "Granel" é uma moda, esqueça. Era a Granel que até há, aproximadamente 40 anos, se faziam a maior parte das compras. Foram os supermercados com auto-serviço que acabaram com esta forma de comprar.
"O Granel" Ressuscitou há uns anos atrás, quando se começou a perceber a importância de poupar recursos, os custos para o ambiente das embalagens de uso único e o lixo que geram, a obrigatoriedade de comprar quantidades que não se adequam a todos os consumos. Enfim, o Granel voltou.
É também verdade que os nossos cabazes têm vindo a ser cada vez mais granel. Se quando começámos, há 12 anos atrás (!!!), não tínhamos grande sensibilidade para este tema, hoje faz parte do nosso dia a dia a preocupação com o uso excessivo de embalagens. E não retiramos mais embalagens do cabaz porque não podemos pôr em causa a qualidade dos produtos. As folhas sem proteção murcham, as batatas com terra sujam os restantes produtos, ... apesar de sermos acérrimos defensores da poupança de recursos, temos que manter um balanço equilibrado entre a redução de embalagens e a manutenção da qualidade dos produtos.
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