Há por aí poderes mágicos?


Hoje queria ter poderes mágicos.
Daqui a 3 dias é a nossa grande festa na Quinta e temos uma estufa cheia de maravilhoso tomate que embirrou e teimou em não amadurecer. Quer dizer, para falar verdade a culpa não é toda dele... O tempo, uma das variáveis que nos ultrapassa, não aqueceu e o tomate não amadureceu.
Como por aqui não temos uma indústria (e que falta que nos faz de vez em quando um botão...), só mesmo com poderes mágicos conseguíamos adiantar duas semanas, e bastavam DUAS SEMANAS, para termos o nosso maravilhoso tomate madurinho, cheio de sabor e pronto a comer na festa de domingo.

A secção de frescos de uma qualquer grande superfície faz parecer tudo muito fácil.
Alguma vez pensamos que é preciso esperar e desesperar para que o tomate amadureça?
É verdade que há processos na agricultura convencional para fazer acelerar o amadurecimento do dito. Afinal, o preço do tomate ao produtor roça muitas vezes o ridículo e, um investimento tão grande como é uma estufa, tem que ser rentabilizado e então vai de acelerar de todos os modos o vingamento, o crescimento e o amadurecimento.
A pressão do cada vez mais barato obriga o agricultor a fazer cada vez mais depressa. Com consequências, claro. A mais "visível", que não será a mais importante, é sem duvida a falta de sabor. O amadurecimento forçado só consegue trazer cor.

Uma horta biológica não reconhece a palavra rápido, não sabe o que são botões e não permite intromissões agressivas no desenvolvimento dos seus frutos e vegetais.
Lá está ele redondo, lindo e verdinho.
A mensagem é: "Tenham paciência, um dia destes vou estar pronto... mas não me stressem!"
Difícillll esta vida de agricultor quando é o tomate a mandar...



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