Vais ser sempre a coisa mais linda.

💚A Zuca 💚 

"Vais ser sempre a coisa mais linda do mundo. A companheira mais doce e a nossa protetora!Obrigada por tudo Zuquinha"

"Ela tinha o olhar mais amigo que se podia esperar. Sentia a nossa tristeza e alegria. Guardava todos os recantos da sua casa..." 

A Zuca é nossa família há 13 anos. Foi a primeira vez que tivemos um cão em casa, ou seja, literalmente dentro de casa. Acho que só quem os tem consegue perceber a nossa enorme tristeza. 

E a sorte que tivemos por nos ter calhado a Zuca! 

Com os anos foi criando uma família alargada, foi conquistando todos os que por cá foram passando. 

É e vai ser para sempre a nossa maravilhosa e querida Zuquinha.  

Faz parte da família da Quinta. É unanime que nos vai deixar muitas saudades.  

Hoje não houve hesitação no tema. Não podia haver.

Ontem foi o dia mais triste desta Quinta desde que começámos este nosso projeto biológico há 11 anos. 

Porque foi o último dia da Zuca connosco. 

Foi com a Zuca que senti aquela coisa estranha de gostar de um animal como se gosta de uma pessoa. Na Quinta era de todos nós. 

Em casa era uma de nós.  

Consola saber que teve uma vida maravilhosa, cheia de amigos, de admiradores, de passeios pela Quinta, de espaço e mais espaço por onde andar (a porta de casa abria-se de manhã e só se fechava à noite), de festas no lombo de todos os que passavam por ela. 

Foi uma cadela muito feliz e mereceu gota a gota toda a felicidade que a vida lhe proporcionou. 

Que saudades vamos ter daquele ladrar (que muitas das vezes já nos cansava e que nunca conseguimos parar...) sempre que alguém desconhecido entrava pelo portão, daquele lombo eriçado a fingir que era a cadela mais feroz do mundo. 

Sempre me intrigou como apesar deste alvoroço assustador eram raras as pessoas que tinham realmente medo dela. 

O olhar atraiçoava-a, tinha o olhar mais doce do mundo. 

A Zuquinha era mesmo, mesmo, mesmo muito especial. 

É do olhar da Zuca que me tenho lembrado hoje todo o dia. Os olhinhos já velhinhos que só me reconheciam ao chegar mesmo perto. Talvez não a visão mas o olfato fosse o sentido que ainda nos conseguia identificar a todos. 

Sei que era minha amiga da vida e amiga da vida de todos nós cá em casa, mas tinha uma debilidade especial pelo Duarte. Começou por ser o dono oficial da Zuca e o seu professor. Acho que o facto de ter tido um mestre com tanta sensibilidade para com o mundo animal também contribuiu para ser uma cadela tão especial.