2023. quando nos habituamos à tempestade e a bonança resolve dar um ar da sua graça.
Foi, definitivamente, um ano e peras, mas sem peras.
E foi assim porque veio depois de 2020, 2021 e 2022. Depois de anos assoberbados, de muito trabalho, de muita agitação, até de alturas em que nos limitámos a andar a "correr atrás do prejuízo",
Em 2023 voltámos ao mar sereno, sem ondulação ... (se fossemos num barco)
... sabem aquela sensação de quando o voo é agitado, quando às tantas nos habituamos à agitação e de repente tudo acalma e ao contrário do que seria expectável é nessa altura que dá a sensação de que o avião vai a cair? (se fossemos num avião)
Pois é isso. 2023 foi um ano difícil pela calma que nos trouxe. Enquanto aceleramos estamos super atentos à estrada, não conseguimos nem ter tempo para olhar para a paisagem, perceber as mudanças, os pormenores que foram sendo adicionados, decidimos ao minuto e de acordo com os obstáculos que nos aparecem à frente.
Agora já não de barco nem de avião, vamos a pé, devagar ..quando temos tempo para uma caminhada contemplativa conseguimos ver tudo. o bom e o mau, o menos mau e o péssimo, o razoável e o fantástico... (vamos com os pés na terra)
Já não há desculpas: temos que resolver o que ficou para trás, temos que refletir o que não conseguimos refletir enquanto desvairávamos por aí, temos que voltar a planear, a orçamentar, a programar.
Tendo em conta que percebemos que somos muito mais pessoas de enfrentar tempestades, adaptarmo-nos à bonança é quase como perder identidade.
E por aí? quais são as vossas "viagens" preferidas? as que vos envolvem num turbilhão e vos obrigam a avançar ou as que são feitas pé ante pé, com eles bem assentes no chão?
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