Não fazemos descontos.



Quando decidimos agir de forma diferente, corremos riscos, mas ganhamos relações duradouras, respeito e consistência. 

O desconto é como o preço baixo. Quando há desconto, há sempre alguém a perder. 

O desconto, que durante anos e anos foi usado pontualmente, como forma de escoar restos de stock ou produtos com defeito, é hoje uma forma de venda. Esta forma de consumir tem sido levada ao extremo pela grande distribuição. Já faltou muito mais para as prateleiras das grandes superfícies só venderem o que tem desconto ou promoção. 
Todos sabemos que não lhes custa nada. Os descontos publicitados como sendo uma oferta que fazem aos clientes, são na verdade suportados na sua totalidade pelo fornecedor. 

Não trabalhamos assim. O preço justo não tem desconto. É o preço justo que nos permite fazer o que fazemos como fazemos. 

Bem sabemos que este ano não está a ser fácil para ninguém. 

Precisamos de clientes como de pão para a boca (tinha que haver pão...😊 ou não fosse o tema de conversa da semana) 

Mas também precisamos de: 

Cumprir com as nossas obrigações para com os nossos trabalhadores:

Têm todos contratos de trabalho com a empresa (não trabalhamos com empresas de trabalho temporário);  80% dos nossos trabalhadores estão efectivos; os nossos trabalhadores estrangeiros têm casa digna; sempre que nos é possível compensamos a dedicação; 

Cumprir com as nossas obrigações para com os nossos fornecedores: 

Não "esprememos" preços, sabemos bem o que custa ser produtor e manter pequenas empresas. Vivemos com a preocupação de pagar bem e cedo. Orgulhamo-nos de escolher pagar 2€ por um produto nacional em vez de 1€ pelo mesmo produto importado. 

Cumprir com as nossa obrigações para com os nossos clientes: 

oferecendo o melhor produto, produzido do modo mais saudável e sustentável; oferecendo o melhor serviço e toda a nossa dedicação; oferecendo portões abertos 365 dias por ano para que nos possam "fiscalizar" in loco; oferecendo a nossa gratidão em todos os nossos atos; optar por não vender aquilo em que não acreditamos mesmo que saibamos a falta que faz nos cabazes. 

Cumprir as nossas obrigações para com o Planeta 

Nunca esquecendo o incrível que é termos a possibilidade de viver e usar este Planeta;  Investir conscientes de que os beneficiários dos investimentos são os que vêm depois de nós; deixar o equivalente ao que retiramos. 

Cumprir as nossas obrigações para com o Estado 

Sendo que com este último só por obrigação e sem qualquer vontade. Sabemos que temos que contribuir para o bem comum, mas custa pagar impostos tão altos e ao mesmo tempo ver tanto esbanjamento e tanta ineficácia no setor publico. Quando precisamos de celeridade temos espera; quando queremos investir e criar postos de trabalho temos entraves, quando queremos fazer tudo como "manda a lei" vemos o Estado a prevaricar. Não temos dúvida de que daríamos muito melhor uso ao valor que pagamos em impostos. 
esqueçam esta ultima parte, é mesmo e só um desabafo... 


Sem comentários

Enviar um comentário

© A vida de uma alface
Design:Maira Gall.