Onde pára a "origem"?


 É quase como "Onde está o Wally?"

A redução da letra, quase a tamanho microscópico, nas placas que indicam as origens dos produtos nos supermercados é um ótimo sinal. Quer dizer que os consumidores estão cada vez mais atentos e os supermercados a sentir necessidade de "esconder" as importações.

Porque é um assunto que me interessa especialmente, quando entro num espaço de venda de frutas e legumes, seja ele físico ou virtual, costumo olhar para as origens. A verdade é que está cada vez mais difícil conseguir ver (sem lupa) a "nacionalidade" dos produtos.
Já para não falar de tantas lojas ou sites onde, "por ignorância" ou "esquecimento" nada é dito, como se não fosse obrigatório.
A verdade é que, mais uma vez, quem faz tudo segundo as regras e acha importante manter os clientes informados usando letras legíveis, acaba por perder face à concorrência.
Ao deixar bem explicito que, por exemplo, a maçã destas semanas é italiana, acabamos por criar alguma retração ou dúvidas nos clientes.
"- mas afinal porque é que estão a vender maçã italiana? não há portuguesa?"
A nossa resposta a esta pergunta é sempre não, porque se houvesse era a nacional essa que teríamos.


Só oferecemos produtos importados em três circunstâncias:
1. Ou porque consideramos que são essenciais e em determinados períodos não há produção nacional, tais como batata, cebola, cenoura e maçã. 
2. Ou porque há muita escassez de fruta e temos que complementar com alguma vinda de fora.
3. Ou porque são produtos que não se produzem em Portugal.
E por muitas voltas que demos ao mundo, das nossas regras não abdicamos.
Primeiro local, depois nacional só no fim importado, sempre biológico, claro!



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