Enquanto nos queixamos da chuva que não para de cair, que nos impede de fazer os apanhos no campo tão rápido quanto o armazém gostaria, há zonas do país onde rezam para que chova.
Incrível como num país tão pequeno há zonas em absoluta seca e outras cheias de água. Isto, claro visto assim com olhos de quem vê pela rama...
Porque se formos um pouco mais ao fundo, água é mesmo um grave problema que se avizinha. Porque é preciso ir literalmente, cada vez mais ao fundo, para encontrar água. Os níveis friáticos estão cada vez mais baixos... Mesmo aqui pelo oeste onde há humidade e chuva já não sentimos que haja água a rodos.
Acabei de falar com o nosso fornecedor de citrinos do Algarve, teve que aumentar um pouco os preços porque estamos em Novembro e ainda não conseguiu parar de regar...
Claro que o custo de produção usando rega ou chuva é bem diferente, como diferente é a produção em si. Não há rega que substitua uma boa chuvada. A chuva nutre, lava, desinfecta.
Mas a chuva que é uma benção dos céus pode transformar-se na força mais bruta e avassaladora.
E é na horta, onde a fragilidade é tão certa como a valentia e resiliência, que mais depressa se percebe esta dualidade da natureza.
Quando a nossa melhor amiga nos pode destruir num abrir e fechar de olhos...
Parabéns por tão interessantes e pertinentes partilhas...é um prazer semanalmente ler estes depoimentos...
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