PORTUGUÊS, CLARO!!!



A ver se ganhamos tino. A ver se percebemos a REAL importância de comprar PORTUGUÊS. A ver se desta vez, porque desta vez é mesmo muito importante,  percebemos que cada vez que compramos importado estamos a deitar O NOSSO DINHEIRO para a rua, vai-se..., vai-se e já não volta.

Comprar PORTUGUÊS é ficar com o dinheiro em casa. É gerar riqueza interna. É ficarmos com o que é nosso para nós. É dar a possibilidade às nossas empresas, não só de se manterem dignamente de pé como de conseguirem pagar os impostos que por sua vez irão permitir ao Estado ter capacidade para acudir aos mais necessitados.

Sim vi o anúncio do Pingo Doce, e sim, quero lá saber das consequências. Como é que esta empresa que levou a sua sede para a HOLANDA, que NÃO paga impostos no País, tem a lata, ou melhor o descaramento de dizer que está a ajudar os produtores portugueses?
Como é que esta empresa tem a lata, ou melhor o descaramento de pagar aos produtores valores que lhe permitem (sem fazer dumping) vender borrego a 3,99€!!!

Não estava na hora das GRANDES empresas portuguesas entrarem no jogo? de serem elas a suportar o valor entre o preço justo para o produtor e o preço, que eles consideram justo, para o consumidor?


Quando é que nós portugueses percebemos de uma vez por todas a diferença que os nosso atos de consumo podem ter na criação de riqueza? Ao pagar o dobro por um produto português não estamos a gastar o dobro, estamos pelo contrário, a ganhar o dobro.

E àquela estafada pergunta: " -ah, isso é muito bonito mas há muita gente que não pode.." devemos dar a mais óbvia resposta: E OS QUE PODEM???? quantos são???? e o que fazem????

No supermercado, onde vão os que podem e os que não podem, há bolachas portuguesas, há queijo português, há massas portuguesas, há chocolate português... e se não há exijam que haja. EXIJAM!!
Vamos parar de dizer que é tudo importado, vamos passar a exigir que não o seja.

Se há em Portugal, compremos Português, e compremos MARCAS portuguesas. Marcas brancas não quer dizer produzido em Portugal. Vejam sempre a origem. Reclamem se estiver em letras minúsculas.

Estou zangada, sim estou e muito!
Que raio de país é este que declara Estado de Emergência e não é capaz de tomar medidas que obriguem as grandes empresas de distribuição a comprar português sempre que há português e a comprar PAGANDO O PREÇO JUSTO, e que estipulem um teto máximo para preços de bens essenciais??

Porque é que as pequenas e médias empresas agrícolas e de produção alimentar estão a passar dificuldades? Porque os canais de distribuição onde vendiam estão fechados. Não seria tempo das grandes superfícies, pontualmente ajudarem na sua distribuição?

Enfim, por muitas voltas que demos, a diferença vai ser feita na proporção em que nós consumidores EXIGIRMOS e AGIRMOS.
Há muitas ações para as quais não precisamos do "Estado". Há muitas ações que cabem aos cidadãos e são, normalmente essas, que fazem a diferença entre o querer e o ter.

PS. As palavras em maiúsculas não são gritos, apenas pontos em que as afirmações precisam de maior reforço.

3 comentários:

  1. Muito bem, concordo plenamente. Desde há muitos anos que, cá em casa, nos preocupamos em comprar PORTUGUÊS e apreciar a sazonalidade; tem que ser uma atitude individual. Obrigado por ter lançado a pedra ao charco.

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  2. Olá bom dia. Acabei de ler o que escreveu e sinto o mesmo. E dou um grito de revolta cada vez que aparece aquela senhora a falar no pingo doce. Vou dizer uma palavra que detesto, dá-me "nojo". O que querem é esmagar ainda mais os produtores e encherem ainda mais os cofres a quem já é muito rico. Conheço pessoas sem dificuldades económicas que preferem dar dinheiro a ganhar ao pingo doce em vez de ao minimercado do pé de casa ou à peixeira da praça. Sou sua cliente (agora não) estou um pouco longe e não ponho os pés em hipermercados nem em centros comerciais. A não ser que só lá haja algo que quero. E vou direta ao produto e saio a seguir. Desejo-vos tudo bom

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