Pensar que vêm aí 78.000 milhões para gastar em 7 anos.... a mim causa-me MUITA angústia.
...BAZUCA? mas há por aí cursos intensivos, formações, doutores na matéria, que ensinem, optimizem, fiscalizem, de forma a que a consigamos usar de forma eficaz? Vão contratar milhares de estrangeiros para analisar os projetos? é que cá não há desocupados. Estão todos a trabalhar.
Na agricultura estamos habituados a ter disponíveis algumas "fisgas". E já é tão complicado acertar no alvo com umas queridas e singelas fisgas...
Sabemos bem do que gasta a casa. Desde o processo de análise que pode demorar anos, até aos pedidos de esclarecimento que podem ser vários, até à decisão final a média são 2 anos de espera. Ja nos aconteceu esperar 5 anos por uma decisão.
Quando reclamamos, a resposta é sempre: "- Estamos a fazer o nosso melhor, há pouca gente para analisar tantos processos."
E a acrescentar a tudo isto os projetos/ processos passeiam entre delegações e divisões. Entre organismos regionais e nacionais. Sabem o jogo do gato e do rato? É isso. Quando nos dizem que está num organismo e ligamos, a probabilidade de nos responderem que já não está ou ainda não está é imensa.
E depois a comunicação. Nas delegações regionais ainda se vai conseguindo falar com alguém, mas quando os projetos passam para os organismos centrais, esqueçam. São horas de tentativas e tentativas (todos sabemos o que é isso) naquele, único dia da semana, em que fazem atendimento telefónico. Normalmente sem êxito.
Ora isto tudo multiplicado por 78.000 milhões. Ou vai ser o caos, ou vai ser o caos.
Não, não pretendo que seja uma ladainha de lamentos.
É apenas um susto. E uma ENORME angústia.
Pensar que vêem aí 78.000 milhões e não há "técnicos" nem para 10 ou 20 milhões. Pensar que temos 7 anos para lhes dar bom uso (será que é mais apropriado dizer gastar?)
Saber que há tanta coisa boa onde podiam ser utilizados. Como, com este dinheiro, nos podíamos transformar num país prospero. E não porque temos dinheiro para gastar mas porque podíamos criar infra-estruturas, modos de pensar, aprender a valorizar o que é único, criar riqueza, aumentar preços/margens e vencimentos. Íamos poder passar de pobres a prósperos.
Só que não vai dar. É muito dinheiro para tão pouco tempo. Não há tempo útil para fazer bem feito.
E eles sabem disso.
*Fonte da imagem: https://eco.sapo.pt/
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